sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Tento me balançar no ritmo da música, no jazz. Me equilibro na beira do barco, mas com ele danço por toda a viagem, de lá pra cá, daqui pra lá. Em meios a esse termo a água do mar nos quer fazer compania e nos enxarca de vontade. A balsa sente que vai virar, afundar quem dera. A violência do mar por querer uma dança com o barco, sentia minhas pernas bambas do medo de cair e ser meu ultimo passo de jazz mas nada tão intimidador, ao olhar para o lado de dento do barco senti uma platéia contemplando meu insano prazer em estar sendo vigiada pelo mar naquelas imensas horas de viagem. Ao descer do barco com um mergulho amador, fui pega de surpresa por uma onda. Foi a última vez que nos encontramos. Outros mares não me enchem os olhos, cada gota de oceano aqui derramada é de saudade dos nossos passos armados, meus passos, teus afagos.
Hélida Carvalho em Mar em passos.

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Trecho de "Eu, delírio."

"Sendo despertado por amantes que batem na porta às 5:50h da manhã e esperam ser atendidos com um belo sorriso, e um exalo leve do cheiro que carrego. Devo avisa-los que veneno tem gosto doce, e é um delírio em fim de tarde. Não acostume-se com o sabor, se não vai beber dessa água por muito tempo."

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Escrevo porque não posso sair gritando nas ruas, ou talvez escrevo porque ainda não tenho o que falar. Hélida Carvalho, inspirada na musica que me ouve.

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