terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Hoje é frio.

Encontrei todas as folhas rabiscas
quase me levou a loucura, medo de não ter
espaço pra mim no teu caderno, no teu abraço
nos nossos devaneiados prazeres, em rir, em chorar
de tudo comemorar.
Medo de não caber no teu abraço,
do teu braço me soltar, nunca mais tua mão tocar,
meus dedos finos nos teus vazios entrelaçar.
Laços que demorei tanto a fazer, te preencher.
Queria te dar todas as palavras, versos, amostras baratas
do que escrevo, me deparei segurando tão forte a caneta
medo que escape, e que assim esse verso não terminasse.

Não consigo mais estar aqui dentro, transbordando você.
Teu jeito, entre trejeitos, me fazem te amar direito.
Pelo fato de estarmos.
Trancados num quarto, sem cadeados, e ainda assim nos prendermos.
Hoje é frio.

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Trecho de "Eu, delírio."

"Sendo despertado por amantes que batem na porta às 5:50h da manhã e esperam ser atendidos com um belo sorriso, e um exalo leve do cheiro que carrego. Devo avisa-los que veneno tem gosto doce, e é um delírio em fim de tarde. Não acostume-se com o sabor, se não vai beber dessa água por muito tempo."

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Escrevo porque não posso sair gritando nas ruas, ou talvez escrevo porque ainda não tenho o que falar. Hélida Carvalho, inspirada na musica que me ouve.

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