quarta-feira, 8 de agosto de 2012


[...] Todo mundo sabe que apesar do meu medo insconsiente de altura eu fui naquela roda gigante com você, eu tremi por três horas depois e a cidade pareceu até bonita depois de um tempo. Apesar da ansia que leite me traz, na nossa primeira vez eu tomei três copos e até se formou um bigode e rimos até cair no sono. Da inocência que se formava quando tomávamos banho de mangueira no quintal de casa, e sujávamos todo o piso, e ninguém nos impedia. porque eramos livres, e tínhamos amor entre os dedos dos pés. Numa mistura com lama, numa mistura de trança, de olhos, de sombras. Sombras que dançavam nossa musica, e não nos pediam altura, não nos impediam de voar, porque tuas asas me prendiam, e o céu se tornava o nosso chão.
Hélida Carvalho em "Um conto de infância."

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Trecho de "Eu, delírio."

"Sendo despertado por amantes que batem na porta às 5:50h da manhã e esperam ser atendidos com um belo sorriso, e um exalo leve do cheiro que carrego. Devo avisa-los que veneno tem gosto doce, e é um delírio em fim de tarde. Não acostume-se com o sabor, se não vai beber dessa água por muito tempo."

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Escrevo porque não posso sair gritando nas ruas, ou talvez escrevo porque ainda não tenho o que falar. Hélida Carvalho, inspirada na musica que me ouve.

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