sábado, 25 de agosto de 2012

Wanderlust. 4 (parte 2)


Depois de muito tempo pensando, rasga o papel que havia um casal ou era ela mesma sendo duas pessoas que brigam, brigam muito e depois, bem depois se amam. Que nada passasse de um rabisco na folha de pão, ela rasga o desenho de dois amantes fazendo que exista vários. Um espelho dobrado em mil. O copo cai no chão e só se ouve o eco de um dia distante.
Seu coração aperta,início de infarto ou
arrependimento
Os pedaços de uma lembrança se juntam, eternidade.E ela tira uma fotografia da fotografia. De novo, de novo, de novo. Pra prender muito mais vezes. Pra poder perder muito mais vezes.
Um flash, diga xis.
Ela era tantas peças que não tinham um funcionamento. Mesmo com o manual e título. Uma nota no fim da página pro indizível. E termina.
Um soco no estômago e
tira mais uma fotografia da fotografia.
(do outro lado do mundo que já era manhã)
A primeira folha seca acaba de cair. Somente uma criança observa. Ou talvez ninguém.
Sinais?

Amanda Lua

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Trecho de "Eu, delírio."

"Sendo despertado por amantes que batem na porta às 5:50h da manhã e esperam ser atendidos com um belo sorriso, e um exalo leve do cheiro que carrego. Devo avisa-los que veneno tem gosto doce, e é um delírio em fim de tarde. Não acostume-se com o sabor, se não vai beber dessa água por muito tempo."

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Escrevo porque não posso sair gritando nas ruas, ou talvez escrevo porque ainda não tenho o que falar. Hélida Carvalho, inspirada na musica que me ouve.

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