O paraíso com teu nome seria um emaranhado de corações empilhados à flor da pele. Pulsa. Pulsa. Pulsa. Explode e no fim fica um lindo desenho do seu rosto em faíscas, com o seu olho dizendo mais que a boca e a boca devorando todo o ar que ainda possuo. A sua boca devorando cada brilho latejante das minhas palavras e as suas palavras tatuando lembranças bonitas sobre algum verão incrível de novembro nas minhas costas. E você sempre quis espremer três dias em eternidade pura, mas nunca soube que a eternidade é muito mais que dias incontáveis; é dizer baixinho um desejo pra uma estrela cadente e perder ela de vista bem depois de fechar e abrir os olhos rápido. É perder a alma no mesmo lugar que a encontrou e descobrir que ela nunca se foi, a única coisa que se perdeu dela foi você. Isso é eterno, Hélida. Dentro dos seus olhos cabem dois passos pra Terra do Nunca e uma puta distância até o outro lado do mundo, isso é eterno. Cabe sete vidas que você roubou numa sexta-feira treze. Dentro dos espaços das suas falas cabe rosas vermelhas que partem do fim ao início, que partem de lugar nenhum até o centro do meu peito fazendo músicas virarem motivos pra viver. É a sua língua encostando nos dentes quando você diz “eu te amo”, é o seu cabelo bagunçado às seis horas da manhã e o reflexo do espelho afirmando que isso te faz mais bonita. O paraíso com o teu nome seria uma guerra incabível de demônios no inferno pela busca de um pedaço de tecido do seu vestido, por qualquer coisa sua; você seria a paixão principal no coração de cada ser e a esperança imortal no breve adeus. Seria os seus significados de eternidade presos à força num nome. Hélida.
Amanda Lua; se uma letra me separa de estar amando, um nome inteiro te junta ao céu, Hélida.
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