sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Os detalhes a gente nunca conta. E não é por falta de querer, porque, como eu queria explicar para alguém como você é. Mas não dá, não desenrola, não projeta na língua e não sai. Os detalhes ninguém nunca vai saber. E não são só os detalhes de você, são também os detalhes da gente. Principalmente da gente. Detalhes de como existia um ar de romance anos 70 entre a linha da chamada, como sabíamos tudo mas, mesmo assim, nos surpreendíamos ao ouvir um pela boca do outro, coisas sem nexo, bonitas, desafiadoras, como você sentiu o calor do meu sentimento inteiro e que te torceu a pupila, como se concretizava o “home is wherever i’m with you…”, mesmo que a casa estivesse suja e fedendo. Detalhes, só detalhes. 

Eu sou o detalhe da sua vida maldita. Você é o da minha. Aquela vírgula no lugar indevido que nós dois odiamos.

Um dia nos tiramos a limpo. Um dia."
Explicar faz perder toda a graça porque o grande truque está no segredo do beijo que não demos. Yasmin Diniz 

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Trecho de "Eu, delírio."

"Sendo despertado por amantes que batem na porta às 5:50h da manhã e esperam ser atendidos com um belo sorriso, e um exalo leve do cheiro que carrego. Devo avisa-los que veneno tem gosto doce, e é um delírio em fim de tarde. Não acostume-se com o sabor, se não vai beber dessa água por muito tempo."

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Escrevo porque não posso sair gritando nas ruas, ou talvez escrevo porque ainda não tenho o que falar. Hélida Carvalho, inspirada na musica que me ouve.

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