sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Queimei todas as cartas que escrevi mas que nunca tive coragem de mandar ou de ao menos cogitar em ler pra ti em entrelinhas. Apaguei todas as músicas te tinha em cada refrão, passei tinta branca na parede do meu quarto, pois lá tinha te escrito um verso de amor. Desliguei me de você por me fazer sentir um vazio cada vez maior, por me dar um sorriso hoje e passar semanas a me ignorar. Por ser tão você que me despertava um ódio incontido pelo teu vasto olhar, e nem me atrevo a comentar dos teus trejeitos que de certa maneira me faziam te amar ainda mais. Por que falar de amor em uma carta de despedida? Não. Me disponho a falar do sofrer, da saudade, da vontade. Depois de meses a te conhecer de longe, te rondar, te espiar por dentro. Já te escrevi versos tão lindos, na esperança que uma simples leitura tua despertasse ao menos um faísca de gostar por mim. Sem mencionar que um dia já pensei em explodir todo esse amor em uma carta, mas não assinaria, queria saber se vinha a mim quando lesse o verbo amar, conjuguei no passado porque me despedi de você a pouco. Cansei de esconder-te dentro de mim, não tem mais espaço pra você, não te cabe mais em nenhum pensamento, musica, verso, poesia.

Esse coração está cansado, por isso te joguei num abismo, mas se prefere solidão, pode caber no meu abraço.

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Trecho de "Eu, delírio."

"Sendo despertado por amantes que batem na porta às 5:50h da manhã e esperam ser atendidos com um belo sorriso, e um exalo leve do cheiro que carrego. Devo avisa-los que veneno tem gosto doce, e é um delírio em fim de tarde. Não acostume-se com o sabor, se não vai beber dessa água por muito tempo."

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Escrevo porque não posso sair gritando nas ruas, ou talvez escrevo porque ainda não tenho o que falar. Hélida Carvalho, inspirada na musica que me ouve.

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