[...] Vem, vem depressa. Me dá a mão e um riso descontraído. Dá um beijo na nuca e promete me amar até a era seguinte, me puxa pelo cabelo e sussurra no meu ouvido que eu sou tão tua quanto pareço ser, vem sem demora e me arranca uma gargalhada pra ouvirem do outro lado do quarteirão e sentirem inveja da gente, pra sentirem incomodo quando nos verem passar rindo do mundo e com o mundo. Não tem pressa, vem devagar também. Não é o tempo que vai me fazer menos tua. Mesmo quando outros amores te beijam a boca que foi prometida a mim."
Hélida Carvalho
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