segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Cuidado com o degrau,

e vê se tropeça em mim, cai no meu corpo e me quebra como um copo

assanha meu cabelo, mas não desliga a tv, deixa o vento assoprar nossa novela, esquece a luz e acende uma vela

o nosso programa preferido é vender os corpos, deixar nossas almas no fundo de uma bau dentro uma xícara de chá, mas nada mais nos remedia

a lua lá fora se faz fria, derrama seu choro azul castanho escuro em cima dos nossos telhados, e nos emaranhamos em seu cheiro de pequeninices

cuidado com a porta, a fechadura quebrou, e você terá que entrar pela janela

ou entra pela fechadura que a porta da janela quebrou.

cuidado com o degrau, pois você é o tropeço no ultimo andar.

Hélida Carvalho

luas

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Trecho de "Eu, delírio."

"Sendo despertado por amantes que batem na porta às 5:50h da manhã e esperam ser atendidos com um belo sorriso, e um exalo leve do cheiro que carrego. Devo avisa-los que veneno tem gosto doce, e é um delírio em fim de tarde. Não acostume-se com o sabor, se não vai beber dessa água por muito tempo."

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Escrevo porque não posso sair gritando nas ruas, ou talvez escrevo porque ainda não tenho o que falar. Hélida Carvalho, inspirada na musica que me ouve.

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