quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pouco, muito, o.

Solidão é como uma pingueira, você pensa que inocentemente é fútil. É só mais um buraco a ser tapado ou esquecer a pia aberta, não ter apertado o suficiente. Quando olha aos lados está afogado em gotas de solidão, o balde enche e quanto mais tempo passa cada gota vai te fazendo afundar mais. Afogar-se em pingos d'agua me pareceu insano no começo, mas agora vejo que só esqueci de forçar a torneira, poderia ter usado toda a brutalidade que aqui guardei e não deixar pequenos oceanos me afogarem, sufocarem.

Me vi parada em meses só escrevendo sobre o que eu sentia, sobre o que eu não sentia. Sobre vazio, sobre estar oca, mal amada, mal compreendida, com a parede do quarto eternizadas com meus próprios versos. Ninguém sabe mais sobre mim, do que eu. Sou dona das palavras que me prenderam por tanto tempo. Hoje decidi escrever sobre as coisas boas que me aconteceram enquanto minhas pernas estavam imovéis nessa cadeira. Conhecer pessoas novas sempre foi me foi uma tarefa um tanto o quanto dificil, me entendiava a sensação de querer agradar alguém, de pensar que sempre queriam algo em troca, não só a gratificação por ser a amiga. Em meio a momentos de ócios conheci pessoas que hoje tem significado infindo na minha vida, por mais que km me aterrorizem as noites, meus versos não deixam de ter valor a quem escrevo.

Me senti um pouco transbordada de amores distantes, mas quem dera me fizesse mal. Me deram inspiração a frases que jamais imaginei que sairiam de mim, tento escrever a moda antiga mas a caneta não acompanha o meu racionicio, inutil são meus braços a tentar escrever com o coração. Liberdade de escrever o que eu sinto pra ninguem é tão boa quanto apreciar o sol se por com um bom amigo, a sensação de estar sendo inundada de bons raios de luz é a mesma de rir de uma piada mal feita de um amigo, ambas sensações desconheço o sentir mas nada que meus obcecados pensamentos não me ajudem.
Escrevo inifitas palavras a quem sempre dedicarei. A quem me quer bem, me quer mal, mal me quer. Não preciso arrancar flores, destruir paisagens ao saber que tudo é pra ti. Você sou eu em nós. Eu e meus nós que não desatam. Me prendem, me aprendem.
Hélida Carvalho,

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Trecho de "Eu, delírio."

"Sendo despertado por amantes que batem na porta às 5:50h da manhã e esperam ser atendidos com um belo sorriso, e um exalo leve do cheiro que carrego. Devo avisa-los que veneno tem gosto doce, e é um delírio em fim de tarde. Não acostume-se com o sabor, se não vai beber dessa água por muito tempo."

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Escrevo porque não posso sair gritando nas ruas, ou talvez escrevo porque ainda não tenho o que falar. Hélida Carvalho, inspirada na musica que me ouve.

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