quinta-feira, 12 de abril de 2012

Ando pelo meu quarto procurando uma saída. Não há saídas. Ando pela casa procurando portas, fechaduras, chaves e torradas. Não tenho vontade. Ando pela rua tropeçando nas pedras, aceno aos conhecidos e conheço sorrisos. Não me importo. Corro pela varanda, penso em me jogar da sacada. Não tenho coragem. Corro pela imensidão que me cabe, não tenho ruas. Não tenho dinheiro.

Hélida Carvalho

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Trecho de "Eu, delírio."

"Sendo despertado por amantes que batem na porta às 5:50h da manhã e esperam ser atendidos com um belo sorriso, e um exalo leve do cheiro que carrego. Devo avisa-los que veneno tem gosto doce, e é um delírio em fim de tarde. Não acostume-se com o sabor, se não vai beber dessa água por muito tempo."

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Escrevo porque não posso sair gritando nas ruas, ou talvez escrevo porque ainda não tenho o que falar. Hélida Carvalho, inspirada na musica que me ouve.

Leitores.